O que é o universo? Quando e como surgiu? Quer conhecer as respostas dadas por cientistas a estas perguntas nos últimos 100 anos? Então, este livro foi escrito para si. Discute o universo, do Big Bang aos buracos negros e às conjecturas actuais sobre a existência de muitos universos. Revela, entre muitas outras coisas, que os buracos negros não têm cabelo e podem engoli-lo, se viajar pelo espaço, passar perto deles e estiverem em rotação, e que o universo está em expansão desacelerada há cinco milhares de milhões de anos e só 5% da sua composição é matéria, sendo os …
Viajam quando a cidade dorme. Entram cedo e saem tarde. Estão em todo o lado, porque é raro o edifício, público ou privado, que as dispense. São discriminadas, porque são, muitas delas, imigrantes. O que fazem não produz nada de material, de palpável, de preferência nem um grão de pó. Aqueles para quem o fazem mal sabem ou reconhecem que elas existem. «Sentes que quando és das limpezas te tornas invisível em relação às outras pessoas», diz Ana Isabel. Este livro retrata as vidas distintas de treze mulheres e um homem e uma profissão em comum: as limpezas industriais. Traz …
Sabia que o ukelele, o instrumento musical típico do Havai, é o cavaquinho alterado por madeirenses para ali emigrados? Ainda hoje essa herança e muitas outras tradições são acarinhadas por portugueses de terceira e quarta gerações que habitam aquelas ilhas. Este livro conta a história dos seus antepassados, cerca de 27 000 portugueses que, no final do século xix e até 1913, fizeram uma longa rota de emigração para o meio do Pacífico. Nesta debandada só iam os mais desesperados pela fome e pela miséria, os que nada deixavam para trás. Não podendo pagar de antemão a viagem, aguardava-os um …
O mundo de amanhã será definido mais pelas dinâmicas que prevalecem na luta entre as democracias liberais do que pela evolução da ciência e da tecnologia, das mudanças climáticas ou das epidemias. A crise da ordem liberal marca o regresso da competição entre as grandes potências. As divergências entre os Estados Unidos, a China e a Rússia dominam a política internacional e prejudicam as dinâmicas de integração que garantiram a paz no período pós-Guerra Fria. No mundo de amanhã, Portugal e a Europa terão de recuperar as condições de autonomia indispensáveis à defesa dos seus valores e dos seus interesses. …
Os regimes autoritários estão de regresso. Entre antigas e novas, as Ditaduras dominam hoje mais de um terço do mundo. Ainda que tenham maior variedade do que as Democracias, elas têm universais, como partidos únicos ou dominantes, parlamentos ou eleições. Às vezes reprimem selvaticamente mas também cooptam e tentam integrar a sociedade e as elites. Este livro apresenta um visão global sobre as Ditaduras e os seus modos de dominação política no mundo contemporâneo.
A História mostrou que, não obstante todas as vicissitudes e dificuldades, a Rússia é um país com fortes raízes europeias. Os grandes momentos da sua existência estão ligados ao Velho Continente. Resta apenas continuar à procura do melhor modus vivendi entre todos os povos europeus, onde as suas tradições, costumes e direitos sejam respeitados.
Há quinze anos que a economia de Portugal não cresce. Apesar da expansão nos anos de 1950 a 1973 e da segunda metade da década de 1980, assim como de uma evolução razoável após a intervenção da troika e antes da Covid-19, o PIB per capita estagnou desde 2005. Dado este comportamento medíocre, a economia portuguesa tem divergido face à média europeia e os indicadores sociais do país têm melhorado muito lentamente. O presente ensaio actualiza uma radiografia crucial iniciada em 2010. Na raiz e complexidade do problema da economia portuguesa, identifica a fraca produtividade, decorrente da protecção do sector …
«Os tratamentos não resultam. Isso não tem solução.» Até há pouco tempo, esta era ainda a ideia dominante em relação às doença mentais. Mais que isso: as doenças mentais eram, a maioria das vezes, associadas a preconceitos e mitos e não havia, sequer, a ideia de que se tratava de uma questão de saúde. Em 2018, de que falamos, quando falamos de saúde mental em Portugal? Num ensaio que se preocupa especialmente, mas não apenas, com a realidade portuguesa, traça-se a evolução dos conceitos de saúde mental e doença mental, faz-se a história do progresso científico, do tratamento e da …
Ricardo Mellado põe homens a tricotar contra os estereótipos. Diogo Faro criou o movimento antimachista Não É Normal. Tiago Rolino largou a advocacia para promover a igualdade de género. Ângelo Fernandes fundou um porto de abrigo para vítimas masculinas de violência sexual. Flávio Gonçalves e Jonathan Israel abriram um espaço de discussão entre homens sobre o papel que têm na sociedade. E o judoca Célio Dias derruba mitos sobre a masculinidade e a doença mental dentro e fora do tatâmi. Estas são as histórias de homens cansados do velho guião da masculinidade tradicional, ao qual, hoje, opõem formas mais diversas …
Nas serras mais escondidas de Portugal trava-se um combate de séculos entre lobos e pastores. São dois exércitos acossados, os últimos resistentes dos montes. Este livro fala de dois inimigos, sim, mas também do facto de estarem ambos cercados. Do desaparecimento do mundo rural, da extinção da vida selvagem, de uma certa ideia de progresso que não serve homens nem animais. Este é o relato de uma guerra silenciosa que está a chegar ao fim. E de como os ódios antigos só podem derivar de amores profundos.
Regressar à infância: não é isso, afinal, o que mais se procura? Esquecer as preocupações e as responsabilidades e, de novo, jogar à baliza com os primos. A maior ânsia é não se ser batido pelo remate do mais velho. É isso que o futebol permite: regressar à infância a cada quinze dias, sempre que joga o clube de eleição. E esse jogo acontece no campo mais memorável: chame-se ele Luz, Alvalade, Antas, ou Bargos, o do Famalicão. O futebol é o maior criador de ídolos, como de vilões e heróis. Neste livro conta-se uma história muito pessoal, mas também …
Nos séculos XIX e XX, o mar revolto obrigou centenas de famílias de pescadores da Praia da Vieira (Leiria) a procurar uma alternativa à pesca de arrasto tradicional da costa, impossível de praticar com segurança durante o inverno. Encontraram-na na pesca fluvial no rio Tejo e assim iniciaram um dos movimentos migratórios internos mais marcantes em Portugal: primeiro de modo pendular (inverno no rio, verão no mar) e depois fixando-se em definitivo no Ribatejo. Esta fusão deu origem a uma cultura ribeirinha com características próprias (barcos, casas, gastronomia e religião), mas muito marginalizada, sobre a qual o neorrealista Alves Redol …