Hoje em dia, toda a gente fala em populismo. Tornou‐se a palavra mágica para compreender o nosso tempo. Em Populismo: Lá fora e cá dentro, José Pedro Zúquete escreve sobre o significado e as características do populismo na Europa e no mundo, mas também, e pela primeira vez no mercado editorial nacional, sobre a sua história em Portugal, das suas origens aos dias de hoje, da literatura à política, mostrando como, ao contrário do que tantas vezes se diz, o populismo está longe de ser uma novidade na história contemporânea portuguesa. Recusando os lugares‐comuns, as ideias feitas e a teoria …
França é o país estrangeiro onde vivem mais portugueses. São quase 600 mil. Se contarmos com os descendentes, são mais de um milhão. Este livro dá rostos a esses números: conta histórias dos que partiram para combater na Primeira Guerra e decidiram ficar, dos que fugiram da ditadura, da miséria e da Guerra Colonial e não voltaram, e dos que deixaram o Portugal da Troika. Em 50 anos, os portugueses em França tornaram-se dirigentes associativos, culturais e desportivos, autarcas e empresários (alguns milionários). Os seus descendentes foram ainda mais longe: são deputados, embaixadores e até conselheiros de Presidentes da República.
O mundo de amanhã será definido mais pelas dinâmicas que prevalecem na luta entre as democracias liberais do que pela evolução da ciência e da tecnologia, das mudanças climáticas ou das epidemias. A crise da ordem liberal marca o regresso da competição entre as grandes potências. As divergências entre os Estados Unidos, a China e a Rússia dominam a política internacional e prejudicam as dinâmicas de integração que garantiram a paz no período pós-Guerra Fria. No mundo de amanhã, Portugal e a Europa terão de recuperar as condições de autonomia indispensáveis à defesa dos seus valores e dos seus interesses. …
Somos a espécie animal mais inteligente que se conhece, produto de uma extraordinária evolução biológica com milhares de milhões de anos. Daí que não seja de estranhar que hoje queiramos ultrapassar os nossos próprios limites, criando sistemas que reproduzam comportamentos inteligentes de forma artificial. Em que ponto estamos nesta aventura? Será que algum dia esses sistemas irão superar a inteligência dos seus criadores? Devemos temê-los? Que papel podem desempenhar na evolução futura da espécie humana e na conquista do espaço? Este ensaio descreve, de forma acessível, o que é a inteligência artificial e a sua relação com a inteligência humana, …
Jénifer é uma criança em busca de uma saída e Joel um homem em busca de uma história. O encontro entre os dois dá-se num bairro social dos Açores, a região mais pobre de Portugal, terreno fértil para o abuso sexual e o incesto, o alcoolismo e a violência doméstica, a exclusão social, o tráfico de droga, o insucesso escolar, a pobreza persistente ou o suicídio jovem, entre tantos outros sinais de subdesenvolvimento humano. Em fundo, uma pergunta: como poderá Jénifer transcender a miserável condição dos pais? Ela tem um plano. Este é um retrato dos Açores ignorados, uma paisagem …
Quando se diz «ator», há quem oiça «astronauta». É o tipo de vocação que os adultos podem desmanchar com um sorriso condescendente. E, na verdade, para estes profissionais não existe um sistema claro de regras laborais e de segurança social, estabilidade, horizonte mínimo. Mas ser ator é, sobretudo, buscar coerência, autenticidade, aceitar a sala de ensaios como um campo de batalha onde tudo pode acontecer, subir ao palco, colocar-se sob os holofotes, para «estar com» e fazer acontecer um mistério de cada vez único e irrepetível. Este é um livro escrito por um dramaturgo para dar a ver os «bastidores» …
Não há última deixa: mesmo com todos os preconceitos e mortes anunciadas, o teatro existe desde que existe o mundo. E, durante a pandemia CoVid-19, continuou a existir. O que se lê neste livro comprova isso mesmo e, mais ainda, que um espetáculo teatral é um ser vivo que nasce e morre todos os dias e cuja existência depende de uma grande equipa. Este é o álbum de família da peça Só Eu Escapei, levada à cena no Teatro Aberto, em Lisboa, entre o Outono de 2020 e a Primavera de 2021. São páginas-retratos de todos os parentes: o encenador, …
Portugal chegou tarde à sociedade de consumo, mas adotou-a de forma inequívoca, assimétrica e concentrada na faixa litoral. Desde então, os portugueses aceitaram os benefícios de uma política de consumidores, mas sem se envolverem num movimento social com efetiva participação cívica: capaz, por exemplo, de questionar as decisões da União Europeia ou de responder às questões ambientais e de sustentabilidade. Este ensaio contextualiza e traça o itinerário do consumidor português. Radiografa o presente e alerta para a transversalidade da chamada defesa do consumidor, que é muito mais do que a salvaguarda de direitos e se firma numa prática concreta de …
Sabia que o ukelele, o instrumento musical típico do Havai, é o cavaquinho alterado por madeirenses para ali emigrados? Ainda hoje essa herança e muitas outras tradições são acarinhadas por portugueses de terceira e quarta gerações que habitam aquelas ilhas. Este livro conta a história dos seus antepassados, cerca de 27 000 portugueses que, no final do século xix e até 1913, fizeram uma longa rota de emigração para o meio do Pacífico. Nesta debandada só iam os mais desesperados pela fome e pela miséria, os que nada deixavam para trás. Não podendo pagar de antemão a viagem, aguardava-os um …
Os regimes autoritários estão de regresso. Entre antigas e novas, as Ditaduras dominam hoje mais de um terço do mundo. Ainda que tenham maior variedade do que as Democracias, elas têm universais, como partidos únicos ou dominantes, parlamentos ou eleições. Às vezes reprimem selvaticamente mas também cooptam e tentam integrar a sociedade e as elites. Este livro apresenta um visão global sobre as Ditaduras e os seus modos de dominação política no mundo contemporâneo.
A Religião dos Livros - Alfarrabistas, Livrarias e Livreiros
Sabia que atravessar a fronteira com a Galiza, mais do que entrar em Espanha, significa estar numa “terra irmã”? Que o espaço da antiga Galécia romana, com capital em Braga, constituiu uma unidade até ao século XII e esteve na origem do reino e da língua de Portugal. Desde então, mantiveram-se a continuidade das paisagens, a proximidade linguística, a intermitência dos diálogos culturais e a importância das relações transfronteiriças. O presente ensaio aborda a história e a cultura da Galiza, em diálogo com a evolução histórica de Portugal e, em especial, da Região Norte. Foi escrito desde a história, mas …